CONJUNTIVITE
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CONJUNTIVITE
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva ocular,
membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o
branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Pode atacar os dois olhos, durando
de uma semana a quinze dias e não costuma deixar sequelas. Podem ser
ocasionadas por fatores alérgicos, irritativos ou infecciosos e cada um deles
necessita de tratamento específico. O olho torna-se vermelho, edematoso,
lacrimejante, com sensação de corpo estranho, às vezes com secreção.A doença é
relacionada aos hábitos de higiene dos indivíduos. Pode ocorrer também em
animais.
Em 2011 ocorreu um grande surto de conjuntivite no Estado
de São Paulo. Somente a cidade de São Paulo registrou mais de 119 mil casos no
primeiro trimestre.
A conjuntivite infecciosa é transmitida, mais
freqüentemente, por vírus, fungos ou bactérias e pode ser contagiosa. O
contágio se dá, nesse caso, pelo contato. Assim, estar em ambientes fechados
com pessoas contaminadas, uso de objetos contaminados, contato direto com
pessoas contaminadas ou até mesmo pela água da piscina são formas de se
contrair a conjuntivite infecciosa. Quando ocorre uma epidemia de conjuntivite,
pode-se dizer que é do tipo infecciosa.
A conjuntivite viral geralmente é causada por um
adenovírus, mas também pode ser transmitida por enterovirus tipo 70
(conjuntivite hemorrágica) e coxsackie A4 (conjuntivite hemorrágica). É muito
comum em escolas, local de trabalho, consultórios médicos, ou seja, todo local
fechado, com contato íntimo entre pessoas. O diagnóstico é realizado pelas
características clínica. O tratamento consiste na utilização de compressas
frias, vasoconstritor tópico e lágimas artificiais. A propagação do vírus dura
até 14 dias após o início dos sintomas.
A conjuntivite bacteriana caracteriza-se por ser
purulenta. Geralmente são causadas por Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus
aureus e Haemophilus influenzae. Estes tipos são tratados com antibióticos
tópicos de expectro ampliado (cloranfenicol, neomicina, etc).
Um tipo, chamada de conjuntivite gonocócica, é causada
por Neisseria gonorrhoeae que é sexualmente transmissível. Pode ser transmitida
na hora do parto, mas é rara pois costuma-se aplicar uma gota de nitrato de prata
1% no saco conjuntival. É tratata com antibióticos sistêmicos e oculares.
A conjuntivite de inclusão é causada por Chlamydia
trachomatis sorotipo D-K, pertencente ao trato genital do adulto. Possui uma
duração maior e acomete geralmente jovens sexualmente ativos. Trata-se com
azitromicina ou doxiciclina.
A conjuntivite fúngica é mais rara de ocorrer. Geralmente
acontece quando uma pessoa é acidentada com madeira nos olhos ou utiliza lente
de contato.
Alérgica
A conjuntivite alérgica é aquela que ocorre em pessoas
predispostas a alergias (como quem tem rinite ou bronquite, por exemplo) e
geralmente ocorre nos dois olhos. Esse tipo de conjuntivite não é contagiosa,
apesar de que pode começar em um olho e depois se apresentar no outro.[8] Pode
ter períodos de melhoras e reincidências, sendo importante a descoberta da
causa da conjuntivite alérgica.
É benigna por não envolver a córnea. Ocorre geralmente em
regiões de clima mais frio. O alérgeno mais comum é o pólen. São tratadas com
anti-histamínicos e estabilizadores de mastócitos.
A conjuntivite papilar gigante é causada, sobretudo, por
uso de lentes de contato.
Tóxica
A conjuntivite tóxica é causada por contato direto com
algum agente tóxico, que pode ser algum colírio medicamentoso ou alguns produtos
de limpeza, fumaça de cigarro e poluentes industriais. Alguns outros irritantes
capazes de causar conjuntivite tóxica são poluição do ar, sabão, sabonetes,
spray, maquiagens, cloro e tintas para cabelo. A pessoa com conjuntivite tóxica
deve se afastar do agente causador e lavar os olhos com água abundante. Se a
causa for medicamentosa é necessário a suspensão do uso, sempre seguindo uma
orientação médica.
Medidas de prevenção e controle
Lavar as mãos frequentemente;
As mãos não devem entrar em contato com locais sujos e
depois em contato com os olhos;
Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias
ou clubes e praias;
Lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estas
são veículos importantes para a transmissão de microrganismos patogénicos;
Não coçar os olhos;
Aumentar a frequência com que troca as toalhas do
banheiro e sabonete ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos;
Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto
perdurar a crise;
Não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores
ou de qualquer outro produto de beleza;
Evitar contato direto com outras pessoas;
Não ficar em ambientes onde há bebês;
Não usar lentes de contato durante esse período;
Evitar banhos de sol;
Evitar luz, pois essa pode fazer com que o olho
contaminado venha a doer mais.
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