sábado, 8 de setembro de 2012

P O E S I A



EU

Tantas vezes me perco no meu egoísmo
Sem sentir, sou tomado pelo impulso.
Por vezes deixo a razão ser traída pela emoção,
Penso no eu, esquecendo que o importante é o nós.

Sou assim, impulsivo, intempestivo e casmurro.
Apreendi a dizer o que, e como me sinto.
Antipatizo e repilo com veemência o talvez,
Não permito que a precedência tenha vez.

Por ser franco, sou fortemente criticado,
Por não ser desleal, sou por muitos sou temido.
Por falar o que penso, não sou bem recebido,
Por cobrar meus direitos, sou até odiado.

Não me importa parecer simpático;
Não me agrada o populismo;
Não acato a mediocridade;
Não faço o jogo do inimigo.

Apreendi na Escola da Vida,
Que a existência é cheia de percalços.
Muitos valorizam os pés bem tratados,
Poucos se importam com os pés descalços.

Se minhas idéias parecem pequenas;
Diante dos que só querem obter a glória;
Usando a torpeza julgam ter obtido a vitória
Na conquista das coisas terrenas.

Não temo nem um pouco meu futuro,
Mesmo sendo um grande casmurro.
Continuarei minha luta, soltando meu urro,
Acreditando que minha fé, derruba qualquer muro

(Fernando Moraes  -- FM  02/02/2002)

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